sábado, dezembro 25, 2010


Doía mais

Inúmeras vezes mais. Mais que um joelho ralado, que um pulso quebrado, que um olho manchado. Parecia sugar todos os resquícios de força, e exterminá-los de uma só vez. Trazia escuridão, frio, insegurança. Não era como a ardência de um hematoma aonde o sangue fresco ainda pulsa… Era pior. Era como um caco de vidro que pouco a pouco, vai sendo cravado lentamente em sua pele. Era como uma faca que te reparte em inúmeros pedaços. Uma pressão interior, que ora parece te preencher, ora parece te deixar completamente oca. Vazia. Era uma dor que parecia não ter cura. Uma dor insaciável que te corrói, alimentando-se de você. Era uma dor que não vai embora, e que origina um buraco negro dentro de você. Era a dor de um coração partido.

1 comentários:

Anônimo disse...

Nass, profundo, euri.

Postar um comentário

Deixe seu comentário.